terça-feira, junho 24, 2014

A magnólia



A exaltação do mínimo, 
e o magnífico relâmpago 
do acontecimento mestre 
restituem-me a forma 
o meu resplendor. 

Um diminuto berço me recolhe 
onde a palavra se elide 
na matéria - na metáfora - 
necessária, e leve, a cada um 
onde se ecoa e resvala. 

A magnólia, 
o som que se desenvolve nela 
quando pronunciada, 
é um exaltado aroma 
perdido na tempestade, 

um mínimo ente magnífico 
desfolhando relâmpagos 
sobre mim. 

Luiza Neto Jorge

Imagem retirada do Google

3 comentários:

Fatyly disse...

Desconhecia e gostei muito pela originalidade.

Beijocas e lá vou eu:):):)

Anónimo disse...

Depois de ler este poema não consegui deixar de o associar ao tempo chuvoso que se faz por aqui.

Anónimo disse...

Até fiquei com medo.
Relâmpagos, tempestade e, não menos importante, metáforas.
Uau! É disto que o meu povo gosta :-)