quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Tarde



A tarde trabalhava
sem rumor
no âmbito feliz das suas nuvens,
conjugava
citilações e frémitos,
rimava
as ténues vibrações
do mundo,
quando vi
o poema organizado nas alturas
reflectir-se aqui,
em ritmos, desenhos, estruturas
duma sintaxe que produz
coisas aéreas como o vento e a luz.


Carlos de Oliveira

Imagem retirada do Google

3 comentários:

Anónimo disse...

Nota dez!!!

Anónimo disse...

Muito bonito. :)

PS. E lá vou eu ter de escrever novo poema para a Dora. :)

Fatyly disse...

Excelente!

Beijocas