quinta-feira, fevereiro 27, 2014

A todos e a cada um dos meus amigos


Por um  por todos  por nenhum
faço o meu canto canto a minha mágoa
num desencanto aberto pelo gume
deste pranto tão limpo como a água.

Por nenhum  por todos ou por um
eu dou o meu poema  o meu tecido
de palavras gravadas com o lume
do medo que na voz trago vencido.

Por nenhum  por um mesmo por todos
sou a bala e o vinho  sou o mesmo
que pisa as uvas os versos e o lodo
num chão onde a coragem nasce a esmo.

Joaquim Pessoa

Imagem retirada do Google

3 comentários:

Anónimo disse...

Um texto inteligente.

Bjs

Fatyly disse...

Um pouco complicado...

Beijocas

Anónimo disse...

Também é Pessoa, mas não se compara ao verdadeiro. Ainda assim, um bom poema. Uma ode à amizade.