Por um por todos por nenhum
faço o meu canto canto a minha mágoa
num desencanto aberto pelo gume
deste pranto tão limpo como a água.
Por nenhum por todos ou por um
eu dou o meu poema o meu tecido
de palavras gravadas com o lume
do medo que na voz trago vencido.
Por nenhum por um mesmo por todos
sou a bala e o vinho sou o mesmo
que pisa as uvas os versos e o lodo
num chão onde a coragem nasce a esmo.
Joaquim Pessoa
Imagem retirada do Google
Joaquim Pessoa
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Um texto inteligente.
Bjs
Um pouco complicado...
Beijocas
Também é Pessoa, mas não se compara ao verdadeiro. Ainda assim, um bom poema. Uma ode à amizade.
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