Nos olhos de Isa a chuva grita e a noite
Acende fogueiras.
Os meus olhos param. Nos olhos de Isa.
Oh, nos olhos de Isa espreguiça-se a madrugadaE o vento acorda para ajudar os pássaros a voarE as árvores a acenar-lhes uma bandeira de folhas, uma tristeza verde.Nos olhos de Isa.Nos olhos de Isa a manhã explode num inferno de estrelas,Num clarão de silêncio, em estilhaços de rosas, pétalas de sombra.Nos olhos de Isa os poetas vagueiam num bosque de melOnde as abelhas constroem a tardeDesesperadamente.Nos olhos de Isa ninguém repara na minha solidão.
Joaquim Pessoa
Imagem retirada do Google
3 comentários:
O multi-facetado Joaquim Pessoa (poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica) escreve bem.
Bjs
Este poema sempre me suscitou o seguinte:
quem é a Isa? e ou
o que será Isa?
areia demais para a minha camioneta:)
Aquele abraço amigo***
Possivelmente alguém que ele gostou.
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