domingo, dezembro 09, 2012
Poesia do nascer do dia
Minha praia ardorosa e solitária
aberta ao grande vento e ao largo mar
tu me viste querer-lhe com a doce
piedade das sombras do luar
teus cabos se adiantam como braços
para abraçar as ninfas receosas
que fugindo oferecem sobre as vagas
suas nítidas formas amorosas
braços paralisados por desejo
que o mundo e sua lei não permitiu
ou suspendeu amor que livre jogo
maior que posse em fugaz tempo viu
e como vós me alongo e como tu
areia me ofereço a toda sorte
por sua liberdade ou por destino que por só dela seja belo e forte.
Agostinho da Silva
Imagem retirada do Google
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3 comentários:
Tão abrangente e melodioso. Gostei muito!
Beijos e bom domingo
Gostei.
Bj
De realçar a importância da influência de aspectos pagãos na escrita em forma de poesia ou prosa, como que a conferir um certo quê de encanto à coisa. Não percebo porquê, sinceramente, mas isso sou eu, que não sou muito dado à escrita.
Beijinhos.
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