O amor? Seria o fruto
trincado até mais não ser?
(Mas para lá do prazer
a Vida estava de luto …)
Fui plantar o coração
no infinito: uma flor…
(Mas para lá do fervor
a Vida gritou que não!)
O amor? Nem flor nem fruto.
(Tudo quanto em nós vibrara
parecia pronto a ceder …)
Foi apenas um minuto:
a fome intensa tão rara!,
de ser criança, ou morrer…
David Mourão-Ferreira
Imagem retirada do Google
4 comentários:
Para ler e pensar.
Gosto.
Bj
Excelente!
Beijos e um bom sábado
Num minuto, tudo pode acontecer...
Magnífica escolha poética.
Isabel, tem um bom resto de domingo e, dado que posso não voltar aqui antes, aproveito para te desejar um Feliz Natal, para ti e para os teus.
Beijo.
Dá a sensação que para o David o amor é algo efémero.
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