Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escaracéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! (não é meu...)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?
É uma ave estranha colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.
E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar...
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar...
Alexandre O'Neill
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Gosto muito, mas muito deste poema e juntaste uma foto genial.
Beijos e um bom sábado
Excelente, Isabel!
Beijo
Grande poeta.
É sempre um prazer ler os seus poemas.
Isabel, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Beijo.
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