Surdo, subterrâneo rio de palavras me corre lento pelo corpo todo; amor sem margens onde a lua rompe e nimba de luar o próprio lodo. Correr do tempo ou só rumor do frio onde o amor se perde e a razão de amar --- surdo, subterrâneo, impiedoso rio, para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Mas tu só conheces gente com classe?
Enorme Eugénio...
Bj
Uma pérola e como diz o Observador, Eugénio tem mesmo muita classe!
Gostei imenso!
Beijocas
Nunca me canso de ler o Eugénio de Andrade.
Um beijo, Isabel.
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