quarta-feira, novembro 16, 2011
Estou vivo e escrevo sol
Eu escrevo versos ao meio-dia
e a morte ao sol é uma cabeceira
que passa em frios frescos sobre a minha cara de vivo
Estou vivo e escrevo sol
Se as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no vazio fresco
é porque aboli todas as mentiras
e não sou mais que este momento puro
a coincidência perfeita
no acto de escrever e sol
A vertigem única da verdade em riste
a nulidade de todas as próximas paragens
navego para o cimo
tombo na claridade simples
e os objectos atiram suas faces
e na minha língua o sol trepida
Melhor que beber vinho é mais claro
ser no olhar o próprio olhar
a maravilha é este espaço aberto
a rua
um grito
a grande toalha do silêncio verde
António Ramos Rosa
Imagem retirada do Google
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Uma simbiose perfeita entre o homem e a natureza:) Gostei imenso!
Beijocas
Um dos teus preferidos (António Ramos Rosa) continua a "dar cartas".
Bj
Enviar um comentário