Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.
Albano Martins
Imagem retirada do Google
4 comentários:
Sem sombras de dúvidas..."Que é preciso, às vezes, não acordar o silêncio". Muito bonito!
Beijocas e um bom sábado
Nada a acrescentar.
Concordo com o autor.
Boa escolha, Wind.
;)
Gostei. Gostei de matarsaudades do teu blog...
Gostei muito.
Beijos.
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