sexta-feira, dezembro 06, 2013
O meu poema teve um esgotamento nervoso.
O meu poema teve um esgotamento nervoso.
Já não suporta mais as palavras.
Diz às palavras: palavras
ide embora,
ide procurar outro poema
onde habitar.
O meu poema tem destas coisas
de vez em quando.
Posso vê-lo: ali distendido
em cama de linho muito branco
sem perspectivas ou desejo
quedando-se num silêncio
pálido
como um poema clorótico.
Pergunto-lhe: posso fazer alguma coisa por ti?
mas apenas me fixa o olhar;
fica a li a fitar-me de olhos vazios
e boca seca.
Daniel Jonas
Imagem retirada do Google
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3 comentários:
Ai coitado... e baralhou-me os neurónios:(
Beijocas
Acontece aos melhores poetas...
E até a mim me acontece.
Isabel, tem um bom fim de semana.
Beijinhos.
Isso está a acontecer comigo. Ultimamente não tenho escrito poemas. Há dias assim.
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