Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta.
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Imagem retirada do Google
5 comentários:
Que maravilha e tão sonante.
Beijocas e um bom dia...lá vou a caminho das netas:)
Continuo a achar que o Miguel Sousa Tavares não tem nada a ver com ela.
Ai meu Deus!!!
Ó Isabel, diz lá ao nosso amigo Fire... que não misture platina com cortiça.
Eu não lhe digo senão zanga-se :)
Grande Sophia!!!
O MST é o monge copista. :)
Mas aqui não interessa nada, Firehead, aqui só me interessa a poesia de Sophia:)
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