Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus, em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma beberá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Sabes que gosto de tudo o que tenha a assinatura de Sophia.
Beijo
A mãe do monge copista sabia escrever bem. :)
Uma poetisa que deixou um legado genial e este poema diz-me tanto!
Beijocas
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