Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
--- surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
Imagem retirada do Google
4 comentários:
Uma interrogativa que me leva a outras paragens do meu horizonte...Gostei imenso.
Beijocas e um bom domingo
sexta tentativa com estas letras...apreeeeee eu não sou robô loll
Muito bom.
Imagem a condizer.
Quem inventou as letras que frequentemente nos confundem deve ser designer...
Bj
Grande Eugènio.
Curioso, o meu poema também falo de rio... Mas não é subterrâneo...
Isabel, querida amiga, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijos.
Caro amigo, Wind.
Este poema de Eugénio de Andrade que você postou realmente diz tudo e simplesmente verdadeiro.
Um grande Abraço.
Edison
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