segunda-feira, março 12, 2012

Estou como se não houvesse mais para dizer



Estou como se não houvesse mais para dizer que uma
palavra
uma interminável palavra
no interminável silêncio

Estou como um cavalo esquelético à beira dum horizonte
perdidos todos os caminhos

Estou no entanto familiar
e rodeado de presenças

Escavo no chão absurdo
e uma pedra dá-me confiança

Na solidão da terra encontro
como o vestígio dum segredo

António Ramos Rosa

Imagem retiradado Google

2 comentários:

Fatyly disse...

Magnífico e profundo!

Beijocas

mfc disse...

Um sinal vale um verso!