Meio-dia. Um canto da praia sem ninguém.
O sol no alto, fundo, enorme, aberto,
Tornou o céu de todo o deus deserto.
A luz cai implacável como um castigo.
Não há fantasmas nem almas,
E o mar imenso solitário e antigo,
Parece bater palmas.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Um poema genial e tão preenchente. De facto há silêncios tão bons e audiveis!
Gostei imenso!
Beijocas
Escrevi em tempos qq coisa que dizia mais ou menos "existem ocasiões em que o tempo é demorado!" e ocorreu-me qd li este poema da sophia :)
Belíssimo poema, embora exista na solidão do mar, o próprio já levou muita gente consigo ...
Amei!
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